Ela faz parte de interações entre genes não alélicos, ou seja, genes que estão em diferentes loci (posições no cromossomo). A epistasia pode ocorrer tanto em genes que codificam características específicas quanto em genes que regulam funções mais gerais, como o desenvolvimento.
Tipos de epistasia:
Epistasia dominante: Ocorre quando a presença de um alelo dominante em um gene impede a expressão de um outro gene, mesmo que esse outro gene também possua alelos dominantes. Um exemplo clássico envolve a cor da pelagem de certos animais, como cães e camundongos.
Epistasia recessiva: Aqui, dois alelos recessivos de um gene bloqueiam a expressão de um outro gene. O exemplo mais clássico é o sistema de cor da pelagem em camundongos, onde um gene recessivo pode "esconder" a cor da pelagem, resultando em uma pelagem albina.
Epistasia duplicada: Quando dois genes diferentes têm o mesmo efeito fenotípico e, independentemente da combinação de seus alelos, ambos acabam levando ao mesmo fenótipo. Isso pode ser comum em sistemas redundantes no organismo, onde múltiplos caminhos bioquímicos podem levar a um resultado semelhante.
Epistasia aditiva: Os efeitos de múltiplos genes podem se somar, levando a uma interação complexa em que a expressão de um gene é influenciada pela soma dos efeitos de vários outros genes.
Exemplo clássico de epistasia:
Um exemplo bem conhecido envolve a coloração da pelagem dos cães labradores. Dois genes diferentes controlam a cor do pelo: um controla a produção de pigmento (B/b, onde B é preto e b é marrom), e o outro controla a deposição do pigmento no pelo (E/e, onde E permite a deposição e e impede). Assim, cães com o genótipo ee terão pelagem amarela, independentemente do que está presente no gene para cor.
Importância da epistasia:
A epistasia é importante na genética porque ajuda a explicar a complexidade de como os traços são herdados e expressos, indo além do simples conceito mendeliano de dominância e recessividade. Ela é particularmente relevante em estudos de herança quantitativa, como em caracteres poligênicos, onde muitos genes podem estar envolvidos na determinação de um único traço.
Além disso, a epistasia também é importante para a genômica e estudos de doenças genéticas, pois algumas interações entre genes podem predispor ou proteger os indivíduos contra certas condições.
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