Tipos comuns de aneuploidias autossômicas:
Trissomia do 21 (Síndrome de Down):
É a aneuploidia autossômica mais comum em seres humanos.
Caracteriza-se pela presença de uma cópia extra do cromossomo 21 (trissomia 21).
Sintomas: deficiência intelectual de grau variável, características faciais distintas, problemas cardíacos congênitos, entre outros.
A incidência aumenta com a idade materna.
Trissomia do 18 (Síndrome de Edwards):
Causada por uma cópia extra do cromossomo 18.
Sintomas: malformações graves, como defeitos cardíacos, retardo mental severo, orelhas de baixa implantação, e geralmente leva a uma expectativa de vida muito curta (a maioria dos afetados morre ainda na infância).
A síndrome é relativamente rara.
Trissomia do 13 (Síndrome de Patau):
Resulta da presença de uma cópia extra do cromossomo 13.
Sintomas: malformações severas do sistema nervoso central, defeitos cardíacos, defeitos craniofaciais (como lábio leporino), polidactilia (dedos extras) e retardo mental.
Assim como a Síndrome de Edwards, a expectativa de vida é curta, com muitos bebês falecendo nos primeiros meses de vida.
Síndrome de Cri du Chat:
Embora não seja uma aneuploidia no sentido clássico de trissomia ou monossomia, envolve uma deleção no cromossomo 5.
O nome da síndrome vem do choro característico dos bebês afetados, que se assemelha ao miado de um gato.
Sintomas: deficiência intelectual, microcefalia, e características faciais específicas.
Causas das aneuploidias:
A maioria das aneuploidias ocorre devido a erros na divisão celular durante a meiose, o processo que forma os gametas (óvulos e espermatozoides).
Esse erro é conhecido como não disjunção, quando os cromossomos não se separam corretamente, levando a gametas com um número incorreto de cromossomos. Se tal gameta anormal participa da fecundação, o embrião resultante terá uma aneuploidia.
Diagnóstico e Prevenção:
Diagnóstico Pré-Natal: Técnicas como a amniocentese e a biópsia de vilo corial podem detectar aneuploidias durante a gravidez. Há também exames de sangue mais recentes que analisam o DNA fetal circulante no sangue materno (NIPT – Teste Pré-Natal Não Invasivo).
Prevenção: Não há uma forma direta de prevenir as aneuploidias, mas fatores como a idade materna avançada aumentam o risco. Técnicas de reprodução assistida podem incluir testes genéticos pré-implantacionais para evitar a transferência de embriões aneuploides.
Consequências e Tratamento:
As aneuploidias autossômicas têm grande impacto no desenvolvimento físico e cognitivo. Não existe uma cura para essas condições, mas tratamentos sintomáticos e de suporte podem melhorar a qualidade de vida, especialmente em casos como a Síndrome de Down, onde as pessoas podem viver uma vida relativamente longa e saudável com os devidos cuidados médicos e suporte educacional.
Essas condições são bastante complexas e requerem suporte médico e familiar para garantir o melhor tratamento e acompanhamento possível.
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