Neodarwinismo é uma teoria criada com base na teoria da evolução proposta por Darwin e acrescida de novos conhecimentos científicos, em especial em genética.
O neodarwinismo ou teoria sintética da evolução é uma teoria baseada na teoria da evolução de Darwin e acrescida de conhecimentos científicos, principalmente, no campo da genética. No famoso livro A origem das espécies, Darwin explicou suas ideias de ancestralidade comum e seleção natural. Segundo o autor, os organismos descendem de ancestrais comuns e a seleção natural atua selecionando os indivíduos mais aptos a sobreviverem em determinado ambiente.
Apesar de suas ideias terem sido revolucionárias, Darwin não foi capaz de explicar como a variabilidade ocorre e como as características são transmitidas. No neodarwinismo, alguns conceitos, como o de mutação e recombinação gênica, foram acrescidos ao darwinismo e ajudaram a compreender melhor esses pontos, até então, não explicados.
Neodarwinismo
O neodarwinismo ou teoria sintética da evolução pode ser definido resumidamente como uma interpretação do darwinismo com base nos conhecimentos obtidos com o avanço das pesquisas científicas, principalmente, a genética.
Durante a criação de sua teoria, Darwin não possuía conhecimentos a respeito, por exemplo, dos mecanismos que levam à variabilidade e de como as características eram passadas para os descendentes. À medida que novos conhecimentos sobre o tema foram obtidos, tornou-se possível explicar essas questões, e o neodarwinismo surgiu.
No neodarwinismo, considera-se, além da seleção natural, que outros fatores evolutivos atuam nas populações. Conceitos como os de mutação, recombinação gênica e deriva genética foram somados aos conhecimentos propostos por Darwin sobre a evolução dos organismos.
Mutação
A mutação é um conceito extremamente importante quando o assunto é evolução. Isso se deve ao fato de que a mutação se destaca como a fonte primária de variabilidade. As mutações são alterações no material genético do indivíduo que acontecem ao acaso, não ocorrendo, portanto, como forma de adaptar o indivíduo ao ambiente em que está.
Algumas mutações podem prejudicar o desenvolvimento do organismo, outras podem ser favoráveis a ele, enquanto outras podem não afetá-lo. A seleção natural atuará sobre esses organismos e garantirá a manutenção ou eliminação dessas mutações ao longo do tempo.
Recombinação gênica
A recombinação gênica é também um fator importante para o processo evolutivo, pois amplia a variabilidade. Vale salientar, no entanto, que a recombinação gênica, diferentemente da mutação, não cria variação de genes, ela apenas promove novas combinações de alelos já existentes. A recombinação gênica está presente na prófase I da meiose, quando ocorre o crossing-over (troca recíproca de material genético entre cromátides não irmãs), e na fusão de gametas (fecundação).
Deriva genética
A deriva genética, diferentemente dos outros dois conceitos apresentados, não aumenta a variabilidade genética, e sim a reduz. Trata-se de um mecanismo de evolução no qual se observa flutuações imprevistas nas frequências alélicas, devido ao acaso. Nesse caso, os genes passados para as próximas gerações não são, necessariamente, aqueles que conferem melhor sobrevivência do indivíduo no ambiente.
Uma grande catástrofe, por exemplo, pode levar à eliminação aleatória de indivíduos de uma população, selecionando genes ao acaso. O efeito gargalo e o efeito fundador são dois casos de deriva genética. O efeito gargalo ocorre quando fatores ambientais promovem uma redução drástica no tamanho da população, enquanto o efeito fundador acontece quando uma pequena população coloniza uma nova área.
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