sexta-feira, 21 de abril de 2023

Quem foi Gregor Mendel?

 Gregor Johann Mendel


 foi um monge agostiniano bastante conhecido por seus trabalhos envolvendo ervilhas. Reconhecido atualmente como fundador da genética, Mendel conseguiu elucidar como as características eram transmitidas dos pais para os filhos em um momento em que não se tinha conhecimento sobre a divisão celular e tampouco a estrutura do DNA. Infelizmente Mendel não teve seu trabalho reconhecido em vida, mas, sem dúvidas, seus resultados foram essenciais para o desenvolvimento da genética.



Johann Mendel nasceu em 20 de julho de 1822, na Morávia, que até então era parte do Império Austro-Húngaro e mais tarde foi incorporada à Republica Tcheca. Filho de um casal de agricultores, Mendel não teve uma vida de grandes luxos e contava com poucos recursos para investir em sua educação. Aos 21 anos de idade, ele entrou para o Monastério da Ordem de Santo Agostinho, na cidade de Brunn (hoje chamada de Brno), com objetivo de conseguir as condições adequadas para continuar seus estudos. Foi no monastério que Johann foi batizado como Gregor.

No monastério, Mendel realizava uma série de atividades educacionais e teve acesso a uma ampla quantidade de livros da biblioteca do local. O naturalista e abade Franz Cyril Napp foi seu mentor nesse período, e, em 1851, resolveu enviar seu pupilo para um estágio de dois anos na Universidade de Viena, onde estudou física, matemática e história natural. Sem dúvidas, esse estágio foi fundamental para o desenvolvimento de seus trabalhos, uma vez que pôde ampliar seus conhecimentos sobre experimentação e matemática.

Quando Mendel retornou a Brunn, ministrou aulas em uma escola local, e, graças a Napp, que construiu uma grande estufa, deu continuidade aos seus estudos iniciados em Viena. Vários trabalhos foram realizados por Mendel, porém o mais importante deles, e que garantiu o reconhecimento do pesquisador, foi o estudo feito com ervilhas (Pisum sativum). Os resultados dele foram apresentados em duas sessões na Sociedade de História Natural de Brunn, em 1865, e publicados, em 1866, nos anais dela.

Apesar de ser um trabalho amplamente conhecido nos dias atuais, seu reconhecimento só ocorreu após 35 anos de sua publicação, quando pesquisadores europeus (Hugo de Vries, Carl Correns e Erich Tschermak-Seysenegg), independentemente, redescobriram o estudo ao procurarem bibliografias para apoiar suas próprias ideias sobre hereditariedade. Mendel chegou a enviar seu trabalho para muitos de seus pares, incluindo Charles Darwin, porém não recebeu nenhuma atenção. Mendel faleceu no dia 6 de janeiro de 1884, antes ter o seu devido reconhecimento.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Tipos de Reprodução

A reprodução dos seres vivos: reprodução é uma característica fundamental dos seres vivos permitindo a formação de novos indivíduos, assegura a perpetuação das espécies e consequentemente a continuidade da vida no nosso planeta.

Temos dois tipos de reprodução.

Características das Reproduções 

A reprodução sexuada é um tipo de reprodução observada em diferentes seres vivos, como plantas e animais. Assim como a reprodução assexuada, a reprodução sexuada é responsável por garantir que um ser vivo seja capaz de originar descendentes e transmitir as informações genéticas daquela espécie deuma geração para outra.
Esse tipo de reprodução difere da reprodução assexuada por envolver a fusão de gametas no processo. A reprodução sexuada leva a um aumento da variabilidade genética, o que permite que os indivíduos dessas espécies apresentem maior capacidade de sobrevivência em um ambiente em transformação. Apesar de ser muito associada com a troca de material genético entre organismos masculinos e femininos, a reprodução sexuada nem sempre envolve dois indivíduos, uma vez que alguns seres vivos conseguem se reproduzir sexuadamente por meio de autofecundação.

A reprodução assexuada é um tipo de reprodução em que apenas um indivíduo é parental, e este passa seus genes aos seus descendentes. Ela não envolve o encontro de gametas e, desse modo, não ocorre variabilidade genética, sendo o descendente, caso não haja mutações, cópias genéticas iguais ao indivíduo que o formou.
A falta de variabilidade genética é pouco favorável do ponto de vista evolutivo, pois a presença de características desfavoráveis em uma população pode levá-la ao declínio. Alguns dos principais tipos de reprodução assexuada são a divisão binária, fragmentação, brotamento, partenogênese e propagação vegetativa.

Casos Especiais de Reprodução.

"Considerando os padrões mais comuns de reprodução, existem espécies que desenvolveram variações nesta modalidade: são os casos especiais de reprodução. 

1"PARTENOGÊNESE:

Desenvolvimento do embrião a partir de óvulo não-fecundado. Geralmente, os indivíduos são haploides (zangões e escorpiões-amarelos), mas podem ser diploides quando não ocorre meiose ou quando o corpo polar se junta ao ovo (ex: algumas espécies de pulgões e de borboletas, respectivamente).
Quando são desenvolvidos apenas indivíduos machos, chamamos de partenogênese arrenótoca; quando são apenas fêmeas, falamos em partenogênese telítoca; e quando são de ambos os sexos, anfítoca."

2"PEDOGÊNESE

A pedogênese ocorre, geralmente, em indivíduos em estágio larvário. Estes podem dar origem a novas larvas, por partenogênese ou por células não-reprodutivas. O platelminto Fasciola hepatica e o Schistosoma mansoni podem se reproduzir dessa forma."

3"POLIEMBRIONIA

Pode ocorrer em casos de animais ovíparos ou em partenogênese. Durante as divisões mitóticas, cada célula pode dar origem a um novo indivíduo. O resultado deste caso especial de reprodução é o nascimento de dois ou mais seres, muito semelhantes e, necessariamente, do mesmo sexo. Gêmeos univitelinos são formados por este processo. Seres humanos, tatus, cães, coelhos e alguns insetos são exemplos de espécies que este tipo reprodutivo pode ocorrer."


4"POLIOVULAÇÃO

Nem todos os gêmeos são formados por poliembrionia: gêmeos bivitelinos são resultantes de poliovulação. Esta ocorre quando a fêmea libera mais de um óvulo durante a ovulação, estes sendo fecundados por espermatozoides distintos. Assim, os indivíduos são geneticamente diferentes."


Sistema Reprodutor

"O sistema reprodutor, também chamado de sistema genital, é responsável por proporcionar as condições adequadas para a nossa reprodução. "

"O sistema reprodutor masculino é responsável por garantir a produção do gameta masculino (espermatozoide) e depositá-lo no interior do corpo da mulher. O sistema reprodutor feminino, por sua vez, atua produzindo o gameta feminino (ovócito secundário) e também servindo de local para a fecundação e desenvolvimento do bebê"

Sistema reprodutor masculino
"O sistema reprodutor masculino garante a produção dos espermatozoides e a transferência desses gametas para o corpo da fêmea. Ele é formado por órgãos externos e internos. O pênis e o saco escrotal são os chamados órgãos reprodutivos externos do homem, enquanto os testículos, os epidídimos, os ductos deferentes, os ductos ejaculatórios, a uretra, as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais são órgãos reprodutivos internos."

"Testículos: são as gônadas masculinas e estão localizados dentro do saco escrotal, também conhecido como escroto. Eles são formados por vários tubos enrolados chamados de túbulos seminíferos, nos quais os espermatozoides serão produzidos. Além de produzir os gametas, é nos testículos que ocorre a produção da testosterona, hormônio relacionado, entre outras funções, com a diferenciação sexual e a espermatogênese.

Epidídimo: após saírem dos túbulos seminíferos, os espermatozoides seguem para o epidídimo, formado por tubos espiralados. Nesse local os espermatozoides adquirem maturidade e tornam-se móveis""Ducto deferente: no momento da ejaculação, os espermatozoides seguem do epidídimo para o ducto deferente. Esse ducto encontra o ducto da vesícula seminal e passa a ser chamado de ducto ejaculatório, o qual se abre na uretra.

Uretra: é o ducto que se abre para o meio externo. Ela percorre todo o pênis e serve de local de passagem para o sêmen e para a urina, sendo, portanto, um canal comum ao sistema urinário e reprodutor.

Vesículas seminais: no corpo masculino observa-se a presença de duas vesículas seminais, as quais formam secreções que compõem cerca de 60% do volume do sêmen. Essa secreção apresenta várias substâncias, incluindo frutose, que serve de fonte de energia para o espermatozoide.

Próstata: secreta um fluido que também compõe o sêmen. Essa secreção contém enzimas anticoaguladoras e nutrientes para o espermatozoide.

Glândulas bulbouretrais: no corpo masculino observa-se a presença de duas glândulas bulbouretrais. Elas são responsáveis por secretar um muco claro que neutraliza a uretra, retirando resíduos de urina que possam ali estar presentes.

Pênis: é o órgão responsável pela cópula. Ele é formado por tecido erétil que se enche de sangue no momento da excitação sexual. Além do tecido erétil, no pênis é possível observar a passagem da uretra, pela qual o sêmen passará durante a ejaculação.


Sistema Reprodutor Feminino 

"O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e também para o desenvolvimento do bebê, além de ser responsável pela produção dos gametas femininos e hormônios. Assim como no masculino, o sistema reprodutor feminino apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos externos recebem a denominação geral de vulva e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e as aberturas da uretra e vagina. Já os órgãos internos incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina."

Ovários: "no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais são responsáveis por produzir os gametas femininos. Nesses órgãos são produzidos também os hormônios estrogênio e progesterona, relacionados com a manutenção do ciclo menstrual, sendo o estrogênio relacionado também com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários."

Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas uterinas, as quais apresentam uma extremidade que atravessa a parede do útero e outra que se abre próximo do ovário e tem prolongamentos denominados de fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na região das tubas uterinas.

Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê durante a gravidez. A parede do órgão é espessa e possui três camadas. A camada mais espessa é chamada de miométrio e é formada por grande quantidade de fibras musculares lisas. A mais interna, chamada de endométrio, destaca-se por ser perdida durante a menstruação. O colo do útero, também chamado de cervice, abre-se na vagina.

Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual e o espermatozoide é depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa durante o parto normal.

Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores, os lábios menores, a abertura vagina.